A espécie aparece no interior do Estado de São Paulo, em Minas Gerais e em outros estados do Brasil, sendo freqüente à beira de rios e suportando inundações anuais. A madeira varia de pesada a muito pesada (0,85 a 0,90Kg/cm³), cerne castanho, escurecendo para o castanho avermelhado, com cheiro característico, balsâmico e agradável. Segundo, a madeira da cabreúva é a melhor, dentre nossas madeiras duras, para a construção civil. A madeira é também usada para a marcenaria em geral e perfumaria.
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, dormentes, esteios, obras hidráulicas, vigas, construção naval, lenha, carpintaria e marcenaria, tonéis), produtos não madeireiros (apícola, medicinal, óleo) 1
Quando derrubada, o alburno sofre ataque de coleópteros, que chegam a atingir o cerne, deixando pequenos furos na madeira. É atacada por uma broca que danifica grandemente a madeira com as longas galerias que a lagarta constrói durante seu desenvolvimento. 1
Usando-se escadas ou podões, os frutos são derrubados quando estão com coloração amarelo- pardacentos, posteriormente, catados no chão, ou em lona esticada no chão. Faz-se uma pré limpeza dos frutos colhidos, ensaca-se o material limpo, e este é levado para completar a secagem no local de beneficiamento.
Imersão em água quente a 50ºC seguida de rápida imersão em água a temperatura ambiente. É possível também simplesmente cortar a ponta das sementes com a tesoura de poda manual.
Tolerante à sombra (DAVIDE et al., 1995)
Exigente em luz (Carvalho, 2006)
Dados madeireiros
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Bibliografia
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2006. v. 2, 627 p.
2 PIVETTA, K. F. L.; SILVA FILHO, D. F. da. Arborização urbana. Jaboticabal: UNESP/FCAV/FUNEP, 2002. 69 p. (Boletim Acadêmico, Série Arborização Urbana). Disponível em: <www.uesb.br/flower/alunos/pdfs/arborizacao_urbana%20Khatia.pdf>. Acesso em: 2 fev. 2013.
3 SARTORI, A. L. R. Myroxylon. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29797>. Acesso em: 2 ago. 2013.
4 ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S/A - ELETROPAULO. Guia de planejamento e manejo da arborização urbana. São Paulo: Eletropaulo: Cesp: CPFL, 1995. 38 p.
5 SPINA, A. P.; FERREIRA, W. M.; LEITÃO FILHO, H. F. Floração, frutificação e síndrome de dispersão de uma comunidade de floresta de brejo na região de Campinas (SP). Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 15, n. 3, p. 349-368, 2001.
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7 MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FREITAS, N. P.; MARTINS, R. B. Sementes florestais: guia para germinação de 100 espécies nativas. São Paulo: Instituto Refloresta, 2012. 159 p.
8 SPELTZ, R. M. Comportamento de algumas especies nativas fazenda Monte Alegre. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 1968, Curitiba. Anais... Curitiba: Associação Paranaense de Engenheiros Florestais, 1968. p. 299-302.
9 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
10 CARVALHO, L. R. de; SILVA, E. A. A. da; DAVIDE, A. C. Classificação de sementes florestais quanto ao comportamento no armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 28, n. 2, p. 15-25, 2006.
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12 FEREZ, A. P. C. Efeito de práticas silviculturais sobre as taxas iniciais de seqüestro de
carbono em plantios de restauração da Mata Atlântica. 2010. 106 f. Dissertação (Mestrado em Ciências, Recursos Florestais) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2010.
13 SEBBENN, A. M.; SIQUEIRA, A. C. M. F.; KAGEYAMA, P. Y.; MACHADO, J. A. R. Parâmetros genéticos na conservação da cabreúva - Myroxylon peruiferum L.F. Allemão. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 53, p. 31-38, jun. 1998.
14 CARNEIRO, M. A. C.; SIQUEIRA, J. O.; DAVIDE, A. C.; GOMES, L. J.; CURI, N.; VALE, F. R. Fungo micorrízico e superfosfato no crescimento de espécies arbóreas tropicais. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 50, p. 21-36, dez. 1996.
15 FARIA, S. M. de; FRANCO, A. A.; JESUS, R. M.; MENANDRO, M. de S.; BAITELLO, J. B.; MUCCI, E. S. F.; DOBEREINER, J.; SPRENT, J. I. New nodulating legume trees from South-East Brazil. New Phytologist, Cambridge, v. 98, n. 2, p. 317-328, 1984.