Árvore perenifólia, com 5 a 10 m de altura e 20 a 50 cm de DAP, podendo atingir até 25 m de altura e 100 cm de DAP, na idade adulta. O alecrim é recomendado para reposição de mata ciliar em locais sem inundação para plantio em margem de represa com piscicultura. O fruto, cuja polpa madura é suculenta, adocicada e um tanto ácida, serve de alimento para vários animais silvestres, como veado, anta e o periquito maitaca, que também são seus principais dispersores. É uma espécie largamente utilizada na arborização de parques, praças e ruas, sua copa é compacta e mantém-se sempre verde, assumindo formato arredondado, mais desenvolvida quando isolada. As sementes são tidas como tóxicas. O alecrim não deve ser utilizado como árvore de sombra para o gado, por ser espécie tóxica. As folhas, talos foliáceos e sementes encerram glucósidos cianogênicos, que podem ser tóxicos ou medicamentosos, de acordo com a sua dose. Usa-se em forma de banhos para combater o reumatismo. O chá serve para tosse e afecções das vias respiratórias, além de ser usado para baixar a pressão. A madeira do alecrim pode ser usada em marcenaria de luxo, tacos de bilhar, construção pesada, dormentes, forro, móveis, mourões, postes, ripas, cabos de ferramenta e peças torneadas.
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, dormentes, mourões, peças torneadas, poste, caibros, forro e teto, ripas, carpintaria e marcenaria), produtos não madeireiros (recurso para fauna, medicinal, ornamental) 2
Segundo LONGHI 1995, a melhor época para colheita das sementes ocorre nos meses de março e abril. Para a extração da semente, o fruto deve ser lavado e macerado em água, para a retirada da polpa carnosa. Em seguida, a semente deve permanecer em peneiras para secar, à sombra (CARVALHO, 2003).
Segundo LORENZI, 2002, recomenda-se coletar os frutos do chão, que podem ser utilizados diretamente na semeadura sem beneficiamento, não havendo necessidade de despolpá-los, já que a polpa é fina e mantém a umidade da semente.
Imersão em água a temperatura de 80ºC a 90ºC, fora do aquecimento, mantendo as sementes na água até que se atinga a temperatura ambiente. Outra opção é realizar a escarificação mecânica na região oposta à do embrião.
Recomenda-se semear em sementeiras, para posterior repicagem, ou duas sementes por recipiente, (semente grande, dependendo do diâmetro do recipiente não é possível a semeadura direta).
Recomenda-se a repicagem três a cinco semanas após a germinação (CARVALHO, 2003). Segundo LORENZI, 2002, recomenda-se semear os frutos como se fossem sementes em recipientes individuais, como sacos plásticos. O autor ainda afirma que o desenvolvimento das mudas é lento, podendo demorar até um ano para estarem prontas para o campo.
Apesar de sua ocorrência no interior da mata primária, tolera bem a luz direta quando adulta.
Dados madeireiros
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Bibliografia
1 LONGHI, R. A. Livro das árvores: árvores e arvoretas do Sul. Porto Alegre: L & PM, 1995. 176 p.
2 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
3 ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S/A - ELETROPAULO. Guia de planejamento e manejo da arborização urbana. São Paulo: Eletropaulo: Cesp: CPFL, 1995. 38 p.
4 MANSANO, V. F.; BARROS, L. A. V. de. Holocalyx. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB31005>. Acesso em: 23 ago. 2013.
5 MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FREITAS, N. P.; MARTINS, R. B. Sementes florestais: guia para germinação de 100 espécies nativas. São Paulo: Instituto Refloresta, 2012. 159 p.
6 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
7 ZANGARO, W.; NISIZAKI, S. M. A.; DOMINGOS, J. C. B.; NAKANO, E. M. Micorriza arbuscular em espécies arbóreas nativas da bacia do Rio Tibagi, Paraná. Cerne, Lavras, v. 8, n. 1, p. 77-87, 2002.
8 FONSECA, R. C. B; RODRIGUES, R. R. Análise estrutural e aspectos do mosaico sucessional de uma
floresta semidecídua em Botucatu, SP. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 57, p. 27-43, jun. 2000.
9 NASCIMENTO, H. E. M.; VIANA, V. M. Estrutura e dinâmica de eco-unidades em um fragmento de floresta estacional semidecidual na região de Piracicaba, SP. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 55, p. 29 -47, jun. 1999.