Cerrado (Cerradão), Mata Atlântica (Floresta Ombrófila, Floresta Ombrófila Mista) 3
Silvicultura
Espécie recomendada para reconstituição de ecossistemas degradados. Apresenta copa rala. Propicia processo secessional rico e diversificado, desde que haja, nas proximidades, fontes de sementes de outras espécies. As folhas dessa espécie são empregadas na medicina popular, em forma de chás, nas afecções bronco-pulmonares como expectorante e como emoliente. Espécie utilizada em arborização de ruas e avenidas e plantada em parques e praças. Seu sistema radicial dificilmente causa dano ao calçamento. A forragem desta espécie apresenta 11% a 14% de proteína bruta e 5% a 7% de tanino. As flores do cambará são potencialmente melíferas. A madeira de cambará pode ser usada em construção civil, esquadrias, caibros e na construção naval. Tanto o tronco como as raízes produzem excelentes curvas para as embarcações. Apesar de o tronco ser geralmente tortuoso, é bastante utilizado na construção de cercas, como mourões e obras externas. É também apta para postes. Produz lenha e carvão de boa qualidade. Árvore perenifólia, com 3,5 a 10 m de altura e 20 a 40 cm de DAP. Exemplares adultos atingem até 15 m de altura e 60 cm de DAP.
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, esteios, mourões, peças torneadas, poste, rodas d'água, caibros, esquadrias, forro e teto, ripas, tacos, construção naval), produtos não madeireiros (ornamental) 8,1
O crescimento do cambará é lento a moderado com produção volumétrica máxima de até 9,20m³/ha/ano. Estima-se uma rotação de dez a quinze anos para lenha e de quinze a 20 anos para mourões (CARVALHO, 2003).
Crescimento muito rápido (MOREIRA, 2004).
A colheita deve ser feita antes da queda natural e os frutos devem ser secos ao sol, protegidos por tela fina. A extração das sementes dos frutos dá-se por maceração. Sementes perdem seu poder germinativo em menos de 3 meses (DURIGAN, et. al., 1997)
Recomenda-se semear o fruto em sementeiras e depois repicar para sacos de polietileno, com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem deverá ser efetuada quatro a oito semanas após a germinação (CARVALHO, 2003). As mudas demoram cerca de 6 meses para estarem prontas para o plantio em campo (DURIGAN, et. al., 1997).
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 MOREIRA, P. R. Manejo do solo e recomposição da vegetação com vistas a recuperação de áreas degradadas pela extração de bauxita, Poços de Caldas, MG. 2004. 155 p. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) - Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Campus de Rio Claro, Rio Claro. 2004.
3 SANCHO, G.; ROQUE, N. Gochnatia. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB5325>. Acesso em: 28 jun. 2013.
4 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.
5 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
6 MORELLATO, L. P. C. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta semidecídua no sudeste do Brasil. 1991. 176 f. Tese (Doutorado em Biologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1991.
7 JACOBI, C. M.; CARMO, F. F. do. Life-forms, pollination and seed dispersal syndromes in plant communities on ironstone outcrops, SE Brazil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 25, n. 2, p. 395-412, 2011.
8 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
9 IVANAUSKAS, N. M.; RODRIGUES, R. R.; NAVE, A. G. Fitossociologia de um trecho de Floresta Estacional Semidecidual em Itatinga, São Paulo, Brasil. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 56, p. 83-99, dez. 1999.
10 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
11 SANTANA, C. A. A. Estrutura e florística de fragmentos de florestas secundárias de encostas no município do Rio de Janeiro. 2002. 147 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais, área de concentração em Conservação da Natureza) - Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica. 2002.