Cerrado, Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila) 3
VU - Vulnerável (UICN)
Silvicultura
O guarantã não tolera quando jovem insolação direta, por esse motivo não é encontrado em formações secundárias. Apresenta dispersão restrita e descontínua. Sua madeira tem densidade 0,96 g/cm³ e racha com facilidade, tem grande durabilidade em ambientes externos.
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, dormentes, mourões, assoalhos, caibros, portões e portas, ripas, vigas), produtos não madeireiros (ornamental) 1
Segundo FERREIRA- FEDELe et al, 2004, o indivíduo de garantã que apresentou maior crescimento, obteve incremente do tronco de 1,16 e 18,60 mm de incremento mensal médio e acumulado respectivamente; o indivíduo que apresentou menor taxa de crescimento obteve 0,10 mm e
-0,38 mm. Em outra área do estudo, a maior taxa foi de 0,99 e 17,31 mm de incremento mensal médio e acumulado, e a menor taxa 0,30 mm e 5,61 mm. Os resultados permitem concluir que a sazonalidade e a taxa de incremento em circunferência do tronco das árvores de guarantã são influenciadas por fatores relacionados com a posição sociológica das árvores na população florestal; os estádios fenológicos; as variações climáticas; e a incidência das lianas na copa das árvores. Segundo Lorenzi, 2008, o crescimento é moderado, alcançando 2 m de altura aos dois anos.
Colher os frutos diretamente da arvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida deixá-loas ao sol para completarem sua abertura e liberação das sementes (LORENZI, 2008; DURIGAN, et. al., 1997). É recomendado cobrir os frutos com uma tela fina para evitar a perda das sementes. A separação das sementes faz-se por abanação em peneira (DURIGAN, et. al., 1997).
Usar substrato arenoso rico em matéria orgânica. Manter os recipientes semeados em ambiente sombreado, cobrí-los com uma leve camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. Repicagem quando as plantas atingirem 4 -6 cm. Ciclo de produção 8- 10 meses.
1 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 5 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. v. 1.
2 COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO - CESP. Guia de coexistência da arborização com o sistema elétrico. São Paulo: Divisão de Tecnologia, 1990. 31 p.
3 PIRANI, J. R. Esenbeckia. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB601>. Acesso em: 28 jun. 2013.
4 ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S/A - ELETROPAULO. Guia de planejamento e manejo da arborização urbana. São Paulo: Eletropaulo: Cesp: CPFL, 1995. 38 p.
5 MORELLATO, L. P. C. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta semidecídua no sudeste do Brasil. 1991. 176 f. Tese (Doutorado em Biologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1991.
6 FERREIRA-FEDELE, L.; TOMAZELLO FILHO, M.; BOTOSSO, P. C.; GIANNOTTI, E. Periodicidade do crescimento de Esenbeckia leiocarpa Engl. (guarantã) em duas áreas da região Sudeste do Estado de São Paulo. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 65, p. 141-149, jun. 2004.
7 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.
8 PEREIRA, D. S. Efeito dos tratos culturais e qualidade de mudas na restauração florestal de matas ciliares do Rio Tietê em Borborema, SP. 2012. 120 p. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2012.
9 SILVEIRA, C. J. A.; COELHO, A. N.; ROCHA, M. G. B. Nota técnica para o programa de fomento ambiental. Belo Horizonte: Instituto Estadual de Florestas - IEF, 2008.