A madeira da corticeira, por apresentar baixa resistência mecânica é pouco utilizada no Brasil. Geralmente é usada para móveis rústicos, obras internas, pranchões, tacos e cepas para calçados. As rolhas, extraídas da casca, apresentam propriedades elétricas e caloríficas. A madeira possui densidade 0,32 g/cm³ e baixa durabilidade quando exposta. A planta é extremamente ornamental, com flores muito chamativas. Ocorre em altitudes entre 500 - 900.
produtos madeireiros (brinquedos, caixotaria, gamelas, mourões, objetos ortopédicos, solados de sapato, celulose e papel, forro e teto, janelas e venezianas, tabuados, tacos), produtos não madeireiros (medicinal, ornamental, alcalóides) 1,9
Entre as principais pragas que atacam a corticeira, destacam-se a broca das sementes que, na árvore, destrói grande parte da safra, e Hypsipyla sp. que seca os ponteiros. 1
Os frutos devem ser coletados quando passam da coloração verde para marrom-escura. A extração das sementes é feita manualmente, após a deiscência das vagens.
Tratamento térmico, Imersão em água, Tratamentos combinados 5,1
Em geral, não apresenta dormência. No entanto, a imersão é recomendada em água fria por 48 horas, para embebição (CARVALHO, 2003). Imersão em água a temperatura de 80ºC, mantendo as sementes na água até que atinja a temperatura ambiente por mais de 24 horas, outra alternativa é a imersão das sementes em água a temperatura ambiente por 48 horas (MORI et al., 2012).
Recomenda-se semear duas sementes em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem, se necessária pode ser feita uma a duas semanas após a germinação.
Segundo CARVALHO 2003, tolera sombreamento de intensidade baixa a moderada. Não tolera baixas temperaturas, nos dois primeiros anos. Em florestas naturais, árvores adultas toleram temperaturas mínimas de até 8ºC.
Dados madeireiros
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Bibliografia
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 LIMA, H. C. de. Erythrina. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29676>. Acesso em: 19 ago. 2013.
3 MORELLATO, L. P. C. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta semidecídua no sudeste do Brasil. 1991. 176 f. Tese (Doutorado em Biologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1991.
4 LONGHI, R. A. Livro das árvores: árvores e arvoretas do Sul. Porto Alegre: L & PM, 1995. 176 p.
5 MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FREITAS, N. P.; MARTINS, R. B. Sementes florestais: guia para germinação de 100 espécies nativas. São Paulo: Instituto Refloresta, 2012. 159 p.
6 CARVALHO, L. R. de; SILVA, E. A. A. da; DAVIDE, A. C. Classificação de sementes florestais quanto ao comportamento no armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 28, n. 2, p. 15-25, 2006.
7 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
8 HARDT, E.; PEREIRA-SILVA, E. F. L.; ZAKIA, M. J. B.; LIMA, W. P. Plantios de restauração de matas ciliares em minerações de areia da Bacia do Rio Corumbataí: eficácia na recuperação da biodiversidade. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 70, p. 107-123, abr. 2006.
9 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.