O comportamento da timbaúva em plantio é muito irregular, tanto em crescimento como em sobrevivência. Árvore caducifólia, pode atingir até 40 m de altura e 300 cm de DAP na Região Centro-Sul. A madeira de timbaúva tem densidade 0,54 g/cm³, é pouco resistente, pode ser usada para brinquedos, construção naval e civil. As raízes, longas e grossas, servem para jangadas, entres outros usos. Na floresta primária é pouco comum, já em capoeiras e em florestas de estágio mais avançado da sucessão secundária, sua frequência é maior.
produtos madeireiros (brinquedos, cochos, esculturas, gamelas, lápis, molde para fundição, palitos de fósforo, pranchetas, urna funerária, celulose e papel, forro e teto, janelas e venezianas, portões e portas, ripas, tabuados, jangada, carvão, lenha, carpintaria e marcenaria, chapas e compensados, painéis), produtos não madeireiros (alimentação animal (forragem), apícola, medicinal, ornamental, proteína, saponina, substâncias tanantes) 6,5,3
• Sementes e frutos infestados pelo caruncho Merobruchus bicoloripes; danos: destruição parcial ou total das substâncias de reserva das sementes e do tegumento.
• Copa afetada por insetos desfolhadores.
Doenças: entre as principais doenças que atacam a timbaúva destacam-se:
• Fungo apodrecedor da madeira.
• Antracnose (isolado de Colletotrichum dematium f. truncata (Schw).
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Recomenda-se seu plantio para reposição de mata ciliar em locais sem inundação e com inundações periódicas de rápida duração, e na recuperação de áreas de baixa fertilidade química (CARVALHO 2003). Concentra-se na maioria das vezes em solos úmidos (LORENZI 2002).
Tratamento químico, Imersão em água, Escarificação mecânica, Tratamentos combinados 4,5,1
Sementes que não foram submetidas a tratamento de superação da dormência apresentam germinação nula ou baixa e desuniforme.
Imersão em água a temperatura de 80ºC. Em seguida deixar a água atingir a temperatura ambiente, mantendo as sementes em imersão por 12 horas. Outra opção é realizar a escarificação mecânica. (IPEF)
Escarificar as sementes (LORENZI 2002)
escarificação mecânica (MORI et al., 2012)
A repicagem, quando necessária, deve ser feita uma a duas semanas após a germinação. É aconselhável a poda radicial. As mudas atingem porte adequado para plantio, cerca de quatro meses após a semeadura. Mudas maiores aceitam bem o transplante. A espécie apresenta um sistema radicial bem desenvolvido, requerendo uma cova grande no plantio.
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 MORIM, M. P. Enterolobium In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB83154>. Acesso em: 28 jun. 2013.
3 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
4 MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FREITAS, N. P.; MARTINS, R. B. Sementes florestais: guia para germinação de 100 espécies nativas. São Paulo: Instituto Refloresta, 2012. 159 p.
5 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
6 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2006. v. 2, 627 p.
7 INSTITUTO DE PESQUISA E ESTUDOS FLORESTAIS - IPEF. Identificação de espécies florestais - Enterolobium contortisiliquum. Disponível em: <http://www.ipef.br/identificacao/nativas/detalhes.asp?codigo=47>. Acesso em: 25 abril. 2013.
8 LOREA-HERNÁNDEZ, F. G. Cinnamomum. In: WANDERLEY, M. das G. L.; SHEPHERD, G. J.; GIULIETTI, A. M.; MELHEM, T. S. (Ed.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP: RiMa, 2003. v. 3, p. 158-161.