O araribá é uma árvore nativa da Mata Atlântica, com até 35 m de altura, flores amarelas, frutos alados e dotados de espinhos grandes e duros. É ótima para plantios mistos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente. Sua madeira é utilizada para marcenaria, carpintaria e também na construção naval (fabricação de canoas).
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, mourões, poste, obras hidráulicas, tacos, construção naval, carvão, lenha, carpintaria e marcenaria, móveis, tonéis), produtos não madeireiros (alimentação humana, ecológico, medicinal, substâncias tanantes) 3
O crescimento da araruva é moderado e rápido. Estimam 20 anos de idade, para densidade não superior a 400 plantas por hectare, incremento volumétrico médio anual de 20 m³/ha (CARVALHO, 1994; CARVALHO, 2003).
A coleta deve ser feita quando a sâmara muda de cor, ficando para ou marrom escura, podendo coletar os frutos da árvore ou mesmo do chão, neste último caso é recomendado que a coleta seja realizada semanalmente. A asa e os espinhos devem ser cortados para facilitar a semeadura e o armazenamento.
Recomenda-se deixar os frutos em imersão em água ambiente por 24 a 48 horas ou escarificação mecânica (MORI et al., 2012); imersão em água ambiente por 24 a 48 horas (CARVALHO, 2003); imersão em água à temperatura de 25°C por 48 horas (FOWLER; BIANCHETTI, 2000); imersão dos frutos em água por 2 horas antes da semeadura (DURIGAN et al., 1997).
Espécie heliófila, aceita sombreamento leve na fase juvenil (CARVALHO, 1994); germina, mas não se desenvolve sem presença de luz, formando banco de plântulas (CARVALHO, 2003; DURIGAN et al., 1997).
Dados madeireiros
-
-
-
Bibliografia
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: EMBRAPA – CNPF; Brasília: EMBRAPA – SPI, 1994. 640 p.
2 KLITGAARD, B. B. Centrolobium. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29512>. Acesso em: 17 jun. 2013.
3 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
4 COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO - CESP. Guia de coexistência da arborização com o sistema elétrico. São Paulo: Divisão de Tecnologia, 1990. 31 p.
5 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.
6 MORELLATO, L. P. C. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta semidecídua no sudeste do Brasil. 1991. 176 f. Tese (Doutorado em Biologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1991.
7 MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FREITAS, N. P.; MARTINS, R. B. Sementes florestais: guia para germinação de 100 espécies nativas. São Paulo: Instituto Refloresta, 2012. 159 p.
8 FOWLER, J. A. P.; BIANCHETTI, A. Dormência em sementes florestais. Colombo: Embrapa Florestas, 2000. 27 p. (Documentos, 40).
9 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
10 CARNEIRO, M. A. C.; SIQUEIRA, J. O.; MOREIRA, F. M. S.; CARVALHO, D. de; BOTELHO, S. A.; JUNIOR, O. J. S. Micorriza arbuscular em espécies arbóreas e arbustivas nativas de ocorrência no sudeste do Brasil. Cerne, Lavras, v. 4, n. 1, p. 129-145, 1998.
11 MARTINS, S. V. Recuperação de matas ciliares. 2 ed. Viçosa: Aprenda Fácil Editora, 2007. v. 1, 255 p.