Caatinga, Cerrado (Cerrado), Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual) 5
EN - Em perigo (UICN)
Silvicultura
Árvore de desenvolvimento lento, que alcança até 30 m de altura, com o tronco ereto que lhe confere a categoria de madeira de corte. A perobeira ou peroba possui uma madeira com alto valor comercial. É muito usada na construção civil, na confecção de móveis, fabricação de tacos e assoalhos. Suas flores são brancas, amareladas ou creme e sua polinização é realizada por mariposas. A árvore é ornamental, podendo ser usada no paisagismo em geral.
produtos madeireiros (brinquedos, carrocerias, construção civil, assoalhos, caibros, esquadrias, janelas e venezianas, portões e portas, rodapés, tabuados, tacos, vigas, móveis), produtos não madeireiros (ornamental) 3,2
O período de desenvolvimento em campo é lento, não ultrapassando 2,5 m aos 2 anos (LORENZI, 2002). O crescimento inicial da peroba-rosa é muito lento, mas a produção volumétrica, a partir de 12 anos, já enquadra a como de crescimento moderado (CARVALHO, 2003; CARVALHO, 2004).
Os frutos da peroba-rosa dispersam suas sementes quase imediatamente após a modificação da coloração do verde para o marrom escuro e devem ser coletados antes da dispersão, para evitar a perda das sementes. A coleta dos frutos geralmente é trabalhosa, devido à altura das árvores, sendo necessário o uso de cinto de segurança e esporões para subir à copa da árvore.
Recomenda-se semear em recipientes, sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno grande. Quando necessária, a repicagem pode ser efetuada 4 a 6 semanas após a germinação (CARVALHO, 2003; CARVALHO, 2004).
Inicialmente , necessita de sombreamento moderado e, com o passar dos anos, tolera a luz (CARVALHO, 1994). É aconselhável quando for fazer produção de mudas, manter os canteiros sombreados (CARVALHO, 2003; CARVALHO, 2004).
Dados madeireiros
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Bibliografia
1 CARVALHO, P. E. R. Peroba-Rosa - Aspidosperma polyneuron. Colombo: Embrapa Florestas, 2004. 12 p.(Circular Técnica, 96)
2 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
3 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
4 CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: EMBRAPA – CNPF; Brasília: EMBRAPA – SPI, 1994. 640 p.
5 KOCH, I.; RAPINI, A.; KINOSHITA, L. S.; SIMÕES, A. O.; SPINA, A. P. Apocynaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB4530>. Acesso em: 12 jun. 2013
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7 MARCONDES-FERREIRA, W. Aspidosperma. In: WANDERLEY, M. das G. L.; SHEPHERD, G. J.; MELHEM, T. S.; GIULIETTI, A. M. (Ed.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP: RiMa, 2005. v. 4, p. 39-47.
8 NOGUEIRA, A. C.; MEDEIROS, A. C. de S. Extração e beneficiamento de sementes florestais nativas. Colombo: Embrapa Florestas, 2007. 7 p. (Circular Técnica, 131)
9 CARVALHO, L. R. de; SILVA, E. A. A. da; DAVIDE, A. C. Classificação de sementes florestais quanto ao comportamento no armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 28, n. 2, p. 15-25, 2006.
10 CARNEIRO, M. A. C.; SIQUEIRA, J. O.; MOREIRA, F. M. S.; CARVALHO, D. de; BOTELHO, S. A.; JUNIOR, O. J. S. Micorriza arbuscular em espécies arbóreas e arbustivas nativas de ocorrência no sudeste do Brasil. Cerne, Lavras, v. 4, n. 1, p. 129-145, 1998.
11 MARTINS, S. V. Recuperação de matas ciliares. 2 ed. Viçosa: Aprenda Fácil Editora, 2007. v. 1, 255 p.