O pau jacaré é uma espécie com até 30 m de altura, comum na vegetação secundária. Seu tronco é tortuoso, de casca com cristas aculeadas por toda a extensão que lembra a aparência de um jacaré, por isso esse nome popular. É usada para a recuperação de áreas com solos erodidos. A espécie é de amplo uso.
produtos madeireiros (brinquedos, embalagens, mourões, celulose e papel, portões e portas, carvão, lenha, carpintaria e marcenaria), produtos não madeireiros (apícola, ecológico, ornamental, substâncias tanantes) 7,1,3,18,9,2,25
Etnobotânica & História
A madeira do pau-jacaré possui baixa durabilidade, porém é muito boa para lenha e carvão. A madeira queima bem ainda verde. É uma espécie bem "familiar" aos moradores da região de Nazaré Paulista, que no passado foi bastante utilizada para lenha e carvão.
Os frutos devem ser colhidos quando mudam de coloração, logo quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para que completem a sua abertura e a liberação das sementes. Caso não seja possível o manuseio em local aberto, recomenda-se ambiente ventilado em local fechado para a abertura dos frutos e extração das sementes (CARVALHO, 1994; LORENZI, 2002; CARVALHO, 2003).
A colheita e beneficiamento dos frutos devem ser realizada quando mudam para a coloração parda. Os frutos devem sercar ao sol para que a sua deiscência e liberação das sementes (NOGUEIRA; MEDEIROS, 2007).
Sem necessidade de tratamento, Tratamento térmico, Tratamentos combinados 10,3,11,7
Há duas possibilidades: sem necessidade de tratamento (CARVALHO, 1994; MEDEIROS, 2001; LORENZI, 2002), imersão em água à temperatura ambiente (25°C) por 48 horas (DAVIDE et al., 1995) e deixar as sementes em temperatura na faixa de 20°C a 25°C no escuro (LEITE; TAKAKI, 1994).
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
3 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
4 KINOSHITA, L. S.; TORRES, R. B.; FORNI-MARTINS, E. R.; SPINELLI, T.; AHN, Y. J.; CONSTÂNCIO, S. S. Composição florística e síndromes de polinização e de dispersão da mata do Sítio São Francisco, Campinas, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 313-327, 2006.
5 SILVA, E. D.; TOZZI, A. M. G. A. Leguminosae na floresta ombrófila densa do Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, Campinas, v. 11, n. 4, p. 299-325, 2011.
6 MORIM, M. P. Piptadenia. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB31387>. Acesso em: 12 mar. 2013.
7 CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: EMBRAPA – CNPF; Brasília: EMBRAPA – SPI, 1994. 640 p.
8 TOMAZELLO FILHO, M.; LISI, C. S.; HANSEN, N.; CURY, G. Anatomical features of increment zones in diferent tree species in the state of São Paulo, Brazil. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 66, n. 66, p. 46-55, 2004.
9 ISERNHAGEN, I. A fitossociologia florestal no Paraná e os programas de recuperação de áreas degradadas: uma avaliação. 2001. 134 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2001.
10 LEITE, I.T. de A.; TAKAKI, M. Análise da germinação de sementes de Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. (Leguminosae - Mimosoideae). Arquivos de Biologia e Tecnologia, Curitiba, v. 37, n. 3, p. 587-595, 1994.
11 MEDEIROS, A. C. de S. Aspectos de dormência em sementes de espécies arbóreas. Colombo, PR: Embrapa, 2001. 12 p. (Circular Técnica, 55).
12 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
13 NOGUEIRA, A. C.; MEDEIROS, A. C. de S. Extração e beneficiamento de sementes florestais nativas. Colombo: Embrapa Florestas, 2007. 7 p. (Circular Técnica, 131)
14 SÃO PAULO (Estado). Resolução SMA-8, de 31 de janeiro de 2008 (ANEXO). Listagem das espécies arbóreas e indicação de sua ocorrência natural nos biomas, ecossistemas e regiões ecológicas no Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam2/Default.aspx?idPagina=7834>. Acesso em: 20 jan. 2013.
15 COMPANHIA ELÉTRICA DE SÃO PAULO - CESP. Manual de produção de mudas de essências florestais nativas. São Paulo: Diretoria do Meio Ambiente, 2000. (Série Divulgação e Informação, 244).
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17 WERNECK, M. de S.; FRANCESCHINELLI, E. V.; TAMEIRÃO NETO, E. Mudanças na florística e estrutura de uma floresta decídua durante um período de quatro anos (1994-1998), na região do Triângulo Mineiro, MG. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 23, n. 4, p. 401-413, dez. 2000.
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24 RAMOS, V. S.; DURIGAN, G.; FRANCO, G. A. D. C.; SIQUEIRA, M. F.; RODRIGUES, R. R. Árvores da Floresta Estacional Semidecidual: guia de identificação de espécies. 1. ed. São Paulo: EDUSP, 2008. v. 1, 312 p.
25 BOTREL, R. T.; RODRIGUES, L. A.; GOMES, L. J.; CARVALHO, D. A. de; FONTES, M. A. L. Uso da vegetação nativa pela população local no município de Ingaí, MG, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 20, n. 1, p. 143-156, 2006.