O cambará de lixa ou lixeira é uma árvore de pequeno porte, com altura de 4 a 6 metros. Essa espécie ocorre em terrenos altos com solos úmidos, comum ao longo de cercas e pastos. O cambará de lixa possui tronco fino, de aspecto descamante. As folhas são simples e extremamente ásperas, como uma lixa. As flores do cambará de lixa são pequenas e brancas. Suas sementes são facilmente disseminadas pelo vento.
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, caixotaria, peças torneadas, carvão, lenha, móveis), produtos não madeireiros (apícola, ornamental) 3
Etnobotânica & História
A madeira do cambará de lixa é dura e resistente, empregada em cabos de ferramentas, artefatos de madeira e caixotaria. No passado as folhas foram utilizadas para lixar madeira, e na região de Nazaré Paulista eram usadas para lavar utensílios domésticos, como relata um morador local: “Antigamente usavam as folhas pra lavar prato e panela, as folhas tiravam toda a gordura, funciona como se fosse um bombril”.
Colher as inflorescências inteiras logo após a secagem das flores, quando os frutos caem facilmente a um leve toque. Em seguida bater o material em lona plástica e separar os pedúnculos.
Colocar as sementes ou os frutos em canteiros semi-sombreados. Cobrir as sementes com uma fina camada de substrato para evitar que sejam arrancadas durante a irrigação.
1 CONCESSIONÁRIA DO SERVIÇO PÚBLICO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO DA BAHIA - COELBA. Guia de arborização urbana. Salvador: Unidade de Meio Ambiente, 2002. 55 p.
2 SALIMENA, F. R. G.; THODE, V.; MULGURA, M.; O'LEARY, N.; FRANÇA, F.; SILVA, T. R. S. Verbenaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB15131>. Acesso em: 12 mar. 2013.
3 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
4 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
5 KINOSHITA, L. S.; TORRES, R. B.; FORNI-MARTINS, E. R.; SPINELLI, T.; AHN, Y. J.; CONSTÂNCIO, S. S. Composição florística e síndromes de polinização e de dispersão da mata do Sítio São Francisco, Campinas, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 313-327, 2006.
6 FONSECA, R. C. B; RODRIGUES, R. R. Análise estrutural e aspectos do mosaico sucessional de uma
floresta semidecídua em Botucatu, SP. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 57, p. 27-43, jun. 2000.
7 PINTO SOBRINHO, F. de A.; CHRISTO, A. G.; GUEDES-BRUNI, R. R.; SILVA, A. F. Composição florística e estrutura de um fragmento de floresta estacional semidecidual Aluvial em Viçosa (MG). Revista Floresta, Curitiba, v. 39, n. 4, p. 793-805, out./dez. 2009.
8 DONADIO, N. M. M.; PAULA, R. C. de; GALBIATTI, J. A. Florística e estrutura da comunidade arbórea de um remanescente florestal ripário no município de Guariba, Estado de São Paulo, Brasil. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 21, n. 1, p. 1-17, 2009.
9 MARTINS, S. V. Recuperação de matas ciliares. 2 ed. Viçosa: Aprenda Fácil Editora, 2007. v. 1, 255 p.