O angico branco é uma árvore de grande porte, com altura de 10 a 35 m. É bastante comum em áreas degradadas, como beiras de estradas. Sua casca é lisa, de cor branco-acinzentada, áspera e com fendas. As flores são brancas a amareladas, pequenas e perfumadas; muito procuradas por abelhas e diversos insetos pequenos.
produtos madeireiros (mourões, ripas, tabuados, tacos, construção naval, carvão, lenha, carpintaria e marcenaria), produtos não madeireiros (alimentação animal (forragem), apícola, medicinal, ornamental, substâncias tanantes) 2,5,1,6,7
Etnobotânica & História
O angico branco é uma espécie de grande utilidade econômica. Do tronco é extraída uma resina utilizada para a fabricação de goma de mascar. Sua madeira é de grande durabilidade quando exposta. É utilizada para construção civil e naval, marcenaria, além de arborização de estradas, parques e ruas. Em Nazaré Paulista era utilizada tradicionalmente para mourão, lenha e carvão, como destaca um morador local: "angico branco é bom, dá um carvão leve".
O desenvolvimento das plantas em campo é bastante rápido, alcançando 4-5 m aos 2 anos (LORENZI, 2002). O angico branco apresenta crescimento moderado a rápido, atingindo produtividade anual de até 31,35 m³/ha/ano (CARVALHO, 2003).
As sementes são infestadas por insetos e a espécie apresenta gomose com frequência. A gomose provoca lesões necróticas no tronco, sendo que o sintoma mais característico é uma abundante exsudação gomosa através da casca, raízes, troncos, ou galhos, cuja incidência tende a aumentar com a idade do povoamento (CARVALHO, 2003). 1
Recomenda-se semear em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno. Se a repicagem for necessária, recomenda-se que seja feita de duas a três semanas após a germinação (CARVALHO, 2003); semeadura direta em canteiros ou embalagens individuais (BACKES; IRGANG, 2004).
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
3 CONCESSIONÁRIA DO SERVIÇO PÚBLICO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO DA BAHIA - COELBA. Guia de arborização urbana. Salvador: Unidade de Meio Ambiente, 2002. 55 p.
4 MORIM, M. P. Anadenanthera. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB18071>. Acesso em: 24 abr. 2013.
5 CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: EMBRAPA – CNPF; Brasília: EMBRAPA – SPI, 1994. 640 p.
6 SILVA JÚNIOR, M. C. da; LIMA, R. M. C. 100 Árvores Urbanas – Brasília: guia de campo. Brasília: Editora Rede de Sementes do Cerrado, 2010. 280 p.
7 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
8 MEDEIROS, A. C. S.; EIRA, M. T. S. Comportamento fisiológico, secagem e armazenamento de sementes florestais nativas. Colombo: Embrapa Florestas, 2006. 13 p. (Circular Técnica, 127).
9 CARVALHO, L. R. de; SILVA, E. A. A. da; DAVIDE, A. C. Classificação de sementes florestais quanto ao comportamento no armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 28, n. 2, p. 15-25, 2006.
10 CATHARINO, E. L. M.; BERNACCI, L. C.; FRANCO, G. A. D. C.; DURIGAN, G.; METZGER, J. P. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, Campinas, v. 6, n. 2, 2006.
11 PINTO, J. R. R. Levantamento florístico, estrutura da comunidade arbórea-arbustiva e suas correlações com variáveis ambientais em uma floresta de vale no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. 1997. 85 p. Dissertação (Mestrado em Manejo Ambiental) - Universidade Federal de Lavras, Lavras. 1997.