O pesegueiro-bravo é uma arvoreta a árvore, normalmente de pequeno porte, que pode atingir até 25 m de altura na fase adulta. Seu plantio não é recomendado para áreas de pastagem, pois suas folhas são tóxicas ao gado. Seu tronco é de casca externa espessa e áspera. As flores são pequenas, brancas e os frutos globosos, carnosos, de coloração roxo-escura. Sua madeira apresenta pouco valor comercial e é usada eventualmente para lenha, mas possui grande potencial na recomposição de áreas.
produtos madeireiros (construção civil, lenha, carpintaria e marcenaria), produtos não madeireiros (apícola, recurso para fauna) 2,1
Oídio em mudas de pessegueiro-bravo. Os sintomas foram observados em folhas jovens e brotações, na forma de enrolamento foliar, queima e posterior queda das folhas afetadas, além de atraso no desenvolvimento da muda. 6
Frutos de janeiro a fevereiro (DURIGAN et al., 1997; CARVALHO, 2008); fevereiro a junho (SPINA et al., 2001); frutos o ano todo (KIYAMA; BIANCHINI, 2003).
As raízes dessa espécie apresentam fungos micorrízicos arbusculares. Por isso, recomenda-se inocular o solo do viveiro com solo coletado sob pessegueiros adultos.
A colheita de frutos é feita assim que a coloração muda de verde para arroxeada. Após imersão em água fria por 12 horas, os frutos devem ser macerados em peneira sob água corrente para retirada da polpa e extração das sementes, que devem ser secas à sombra, apenas para eliminação do excesso de umidade.
Semeadura imediata dos frutos logo após a colheita em recipientes individuais mantidos à meia sombra (BACKES; IRGANG, 2004; CARVALHO, 2008).
A semeadura deve ser realizada em canteiros para posterior repicagem (DURIGAN et al., 1997).
1 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
2 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. v. 3, 593 p.
3 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.
4 SIMÃO-BIANCHIN, R. Rosaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB26058>. Acesso em: 18 jun. 2013.
5 KIYAMA, C. Y.; BIANCHINI, R. S. Rosaceae. In: WANDERLEY, M. das G. L.; SHEPHERD, G. J.; GIULIETTI, A. M.; MELHEM, T. S. (Ed.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP: RiMa, 2003. v. 3, p. 285-293.
6 AUER, C. G. O oídeo em mudas de pessegueiro bravo (Prunus myrtifolia (L.) Urb.) e seu controle. Colombo: Embrapa Florestas, 1995. Disponível em: <http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/290750/1/pesqandam04.PDF>. Acesso em: 28 ago. 2013.
7 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
8 SPINA, A. P.; FERREIRA, W. M.; LEITÃO FILHO, H. F. Floração, frutificação e síndrome de dispersão de uma comunidade de floresta de brejo na região de Campinas (SP). Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 15, n. 3, p. 349-368, 2001.
9 CATHARINO, E. L. M.; BERNACCI, L. C.; FRANCO, G. A. D. C.; DURIGAN, G.; METZGER, J. P. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, Campinas, v. 6, n. 2, 2006.
10 HIGUCHI, P.; REIS, M. G. F.; REIS, G. G.; PINHEIRO, A. L.; SILVA, C.T.; OLIVEIRA, C. H. R. Composição florística da regeneração natural de espécies arbóreas ao longo de oito anos em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, em Viçosa, MG. Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n. 6, p. 893-904, 2006.
11 MARTINS, S. V. Recuperação de matas ciliares. 2 ed. Viçosa: Aprenda Fácil Editora, 2007. v. 1, 255 p.