: É, os irmãos, né? Que ia. Tinha amora também. Ah esse eu adorava!
: Amora?
: [...] Vindo da casa da mãe, aquela curva pra pegá a escolinha lá, do lado de baixo tinha uma encostinha que tinha uns quatro pé de amora, mais era doce a amora ali, tinha tanto, tanto, tanto.
: Nossa!
: É, aí eu, o meu irmão e um outro, outro rapaiz, nóis vinha da escola, aí chegava a chupá, pegá amora pra comê lá. Aí acabô a amora, aí viramo no limão.
: [Risos]
: Aí agora, [...], que não sei o quê, esse limão, limão rosa, aí nóis dizia que era pocã, aí nóis fechava, descascava bem bonita, tirava o, os gomo lá, falava que, que pocã gostoso e colocava, chupava tudo.
: Mandava vê.
: É, cinco, seis limão, todo dia.
: Sério?
: É, cada um.
: Óh!
: Quase morria, mais, mais chupava. E ficava gostoso
: [Risos] Saía da amora, docinha.
: É, porque acabô a amora, né?
: É.
: Aí passamô pro pé de limão.
: Que época que era da amora?
: Sabe que eu não sei, eu não lembro quando dá amora.
[...] Num guardo na cabeça.
: E alguma que você ache bonita, assim? Exuberante, linda.
: Árvore?
: Que cê olha.
: Ah, aí é problema.
: [Risos].
: Porque eu acho todas bonita. Cada uma com a sua beleza. Não sei, eu não acho...